Patri Friedman é tanto extremamente inteligente quanto, para este blog entre outros na ‘sfera, altamente influente. Então, quando ele nos promete “um iluminismo sombrio mais politicamente correto” (“adicionando anti-racismo e anti-sexismo à minha controversa nova posição pró-monogamia”), isso é uma coisa. Acentua preocupações sobre ‘entrismo’ e entropia ideológica, levando a algumas respostas pensativas tais como esta (de Avenging Red Hand).

Michael Anissimov antecipou isto em um post em More Right sobre as ‘Premissas do Pensamento Reacionário’, que começa: “Fazer progresso em qualquer área de empenho intelectual requer conversa entre aqueles que concordam com premissas básicas e a exclusão daqueles que não concordam”. (O comentário de Cathedral Whatever também vale bem a pena uma olhada.) As cinco premissas originais de Anissimov, subsequentemente atualizadas para seis (com uma nova #1 adicionada) são:

1. As pessoas não são iguais. Elas nunca serão. Rejeitamos a igualdade em todas as suas formas.
2. A direita está certa e a esquerda está errada.
3. A hierarquia é basicamente uma boa ideia.
4. Os papéis sexuais tradicionais são basicamente uma boa ideia.
5. O libertarianismo é retardado.
6. A democracia é irremediavelmente falha e precisamos acabar com ela.

Estes ‘artigos’ neorreacionários merecem uma resposta em detalhada, mas neste ponto eu simplesmente avançarei uma lista alternativa, na expectativa de que ainda outras versões estarão por vir no futuro próximo, fornecendo uma referência para a discussão. Meu objetivo (condizente com o conselho de ARH) é a economia, afinada através da abstração, no interesse da sustentação da diversidade produtiva. Minimamente, afirmamos:

1. A democracia é incapaz de controlar o governo. Com esta proposição, a possibilidade efetiva de uma direita mainstream é negada. Na medida em que qualquer movimento político retenha sua fidelidade ao mecanismo democrático, ele conspira com a catraca da expansão governamental e, assim, essencialmente se dedica a fins esquerdistas. A porta de entrada do Libertarianismo para a Neorreação se abre com este entendimento. Como corolário, qualquer política imperturbável pelo estatismo expansionista não tem qualquer razão para se desviar para dentro do caminho neorreacionário.

2. O igualitarismo essencial à ideologia democrática é incompatível com a liberdade. Esta proposição é parcialmente derivada da #1, mas se estende mais além. Quando elaborada historicamente, e cladisticamente, ela se alinha com a teoria Cripto-Calvinista da evolução política Ocidental (e depois Global). A crítica que ela anuncia intercepta significantemente os rigorosos achados da BDH. As conclusões extraídas são primariamente negativas, ou seja, elas suportam uma rejeição, baseada em princípios, da política igualitária positiva. A hierarquia emergente é pelo menos tolerada. Modelos mais assertivos e ‘neofeudais’ da hierarquia social ideal são devidamente controversos dentro da Neorreação.

3. As soluções sócio-políticas neorreacionárias são, em última análise, baseadas em Saída. Em todos os casos, a saída deve ser defendida contra a voz. Nenhuma sociedade ou instituição social que permite a livre saída está aberta a qualquer crítica politicamente eficiente adicional, exceto àquela que a própria seleção sistemática de saída aplica. Dada a ausência de tirania (isto é, livre saída), todas as formas de protesto e rebelião devem ser consideradas perversões esquerdistas, sem direito a proteção social de nenhum tipo. O governo, de qualquer forma tradicional ou experimental, é legitimado a partir do lado de fora – através da pressão de saída – em vez de internamente, através da capacidade de resposta à agitação popular. A conversão da voz política em orientação à saída (por exemplo, revolução em secessionismo), é a principal característica da estratégia neorreacionária.

Da perspectiva deste blog, nenhuma premissa além dessas – não importa o qual amplamente endossada dentro da Neorreação – é verdadeiramente básica ou definidora. A resolução de disputas elaboradas é remetida, em última análise, à geografia dinâmica, e não à dialética. É o Lado de Fora, trabalhando através da fragmentação, que rege, e nenhuma outra autoridade tem legitimidade.

[Se alguém perguntar “Como esse post de repente pulou do ‘Iluminismo Sombrio’ para ‘Neorreação’?”, minha resposta é “Bom ponto!” (mas um para uma outra ocasião).]

Original.

Leave a comment