Estou sob a sagrada obrigação de analisar o e-book What is Neoreaction? Ideology, Social-Historical Evolution, and the Phenomena of Civilization de Bryce Laliberte. Felizmente, este solene dever não foi especificamente agendado. Trabalhar para a sua realização é um processo instigante, o que é uma coisa boa.

Por uma questão trivial, sou forçado a perguntar: Deveria ser ‘fenômenos’ mesmo? ‘Fenômeno’ seria mais estilisticamente persuasivo, mesmo que o plural seja defensável por razões conceituais. Esse tipo de questão secundária, contudo, é auto-distração sintomática. Há questões sérias em jogo aqui, e elusivas.

Minha prevaricação é, parcialmente, o resultado de ideias que colidem, que ficaram emaranhadas ao significado desse livro (para mim), mas não são realmente internas às suas próprias preocupações. A primeira entre estas é a conotação da própria palavra ‘neorreação’, que acende uma conversação embriônica (na casa de Laliberte e na minha). Questões terminológicas podem facilmente parecer impertinentes ou fetichistas, mas, neste caso pelo menos, elas se estendem continuamente para dentro de questões de indisputável substância e relevância. Sumariamente: A ‘neorreação’ é primariamente uma doutrina ou um problema? (Talvez o ponto de interrogação injustamente enviese o julgamento.)

Em um post futuro, eu voltarei às especificidades da definição estendida de Laliberte – que é, sem dúvida, coextensiva ao livro. É de amplo interesse e se conecta de maneira importante com a busca de Nick B. Steves por ‘consenso reacionário‘ (note: sem ‘neo-‘). Neste ponto, contudo, minhas observações marcadoras de lugar são, elas mesmas, deliberadamente problemáticas, referindo-se ao papel do paradoxo e da ironia no termo e na ‘coisa’ – elementos que são, para mim, essenciais, mas que eu suspeito que Laliberte veja como incidentais ou mesmo lamentáveis. A neorreação, da perspectiva problemática, é a insistência de uma questão, em vez de uma solução lutando para nascer em uma doutrina estabelecida. É uma palavra inventada para preservar sua própria ilegibilidade dinâmica (ou paradoxo instável), pelo menos tanto quanto o nome de um programa a caminho da aceitação (chegando na significância consensual).

Uma vez que a neorreação parece estar sendo arremessada em algum tipo de reconhecimento, devido, em grande parte, às contribuições de Laliberte, estas considerações são arcanas apenas de um lado de uma conversa não desenvolvida. Mais provavelmente, o ritmo e o contexto desta troca serão estabelecidos em lugares inesperados. Tais iminentes incógnitas inevitavelmente guiam meu caminho para dentro do livro de Laliberte, conforme ele se abre, peça por peça, à frente.

Original.

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