A compreensão fundamental do Ocidente é a tragédia. Ela não pode ser cognitivamente dominada, assimilada ou superada. No final, ela será tão insuperável quanto era no princípio. A compreensão essencial já é completamente alcançada dentro do fragmento de Anaximandro, na origem da filosofia Ocidental.

Há traduções em inglês do fragmento aqui e aqui. Uma versão definitiva ainda nos aguarda. Esta é a versão da Wikipédia:

De onde as coisas tiveram sua origem,
Daí também sua destruição acontece,
De acordo com a necessidade;
Pois elas dão, uma à outra, justiça e recompensa
Por sua injustiça
Em conformidade com a ordenança do Tempo.

Retorno e compensação estão cozidos dentro da natureza das coisas. Os trágicos entenderão isto como a dinâmica de hubris e nemesis. Na modernidade madura, a chamamos de cibernética. Mecanismos compensatórios a demonstram, em forma de brinquedo, assistindo a compreensão. É o maquinário do destino.

A assinatura da tragédia na história é um ritmo – em uma grande escala, a ascensão e queda de civilizações. O Ocidente, como um todo, é um pulso. Tem um começo e um fim. Tudo isto já está escrito no fragmento de Anaximandro.

Poderíamos pensar que é possível dominar esse destino. O progressismo é um pensamento desses. Isto é a hubris destilada, em forma programática. Anaximandro, Homero e os trágicos anteciparam seu resultado, que evoca pena em nós.

Em nossa hubris, somos incapazes de impiedade, ou aceitação, então a nemesis vem. Este é todo o destino do Ocidente. É uma necessidade que pode apenas ser negada e, em sua negação – implícita e inexorável – está a realização de sua fatalidade.

Você se contorcerá no anzol e depois morrerá. Assim será.

ADICIONADO: Um Pequeno Diálogo Moral-Religioso
“Você está dizendo que é por nossa pena que somos punidos, no final das contas?”
“Sim, isto é precisamente o que estou dizendo – ou, na verdade, meramente passando adiante. É toda a mensagem da direita, na medida em que esta comunica a verdade.”
“Então, Malthus?”
“Esse nome será o suficiente”

ADICIONADO: Se você dá à sua civilização o nome da Terra dos Mortos, não faz sentido reclamar depois.

Original.

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